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Cansado

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  Estou tão cansado há meses não escrevo porque simplesmente não está tendo como não tenho tempo e quando tenho tempo não tenho energia não tenho inspiração.   A vida adulta é um apanhado de decepções amorosas boletos três empregos para pagar os boletos uma rotina extremamente massante com algumas coisas boas no meio do caminho para equilibrar e dar um incentivo para seguir em frente.   Estou cansado às vezes me arrastando mas sigo firme e forte igual geleia ou prego na areia quase trintando e esperando as coisas acontecerem e fazendo minha parte é claro só não trabalhando enquanto eles dormem porque aí já é querer demais dez onze horas de trabalho por dia já está extrapolando meus limites.   Seguimos em frente sempre na esperança de coisas melhores de tempos melhores de dias melhores plantando as sementes e esperando que algumas germinem.   É sobre isso e (não) (nem sempre) (quase nunca) está tudo bem.

Não leve a vida tão a sério (Hugh Prather) – Resenha

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  Em 2022, faz 15 anos que sou leitor. Comecei devorando todos os suspenses que eu encontrava nas bibliotecas – isso graças a uma professora que leu um conto de Sherlock Holmes em duas aulas de literatura quando eu estava na 8ª série e despertou meu interesse pela leitura. Há 10 anos, eu realmente nem olharia para “Não leve a vida tão a sério”. Sempre disse que não gosto de autoajuda (e não gosto mesmo, mas...) e que nunca leria um livro desses, mas é como diz o ditado: nunca diga nunca. E cá estou eu, mordendo a própria língua. Realmente, autoajuda não é meu estilo favorito, mas a vida é feita de fases, e, às vezes, alguns livros caem bem em determinado momento que estamos vivendo. Esporadicamente, tenho lido um ou outro livro desses, como “O Monge e o Executivo” ou “A sutil arte de ligar o f*da-se” (ótimo livros, por sinal). E agora chegou a vez de “Não leve a vida tão a sério”, de Hugh Prather. Este livro é de 2004, então não trata do tema internet. Tampouco é um manual milagr

Tenho andado irritado

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  Tenho andado irritado. E isso não é normal para mim. Esses dias o nível está tão alto que discuti com um cara que estava jogando no meu time no futebol entre amigos. Pensando bem, preciso de um escape. Escrever já foi esse escape, alguns anos atrás. Hoje não mais. Mas talvez hoje, especificamente hoje, seja. Quem me conhece, sabe: sou paciente, tranquilo, amável. Mas a verdade é que ninguém é de ferro. Fato. Graças a Deus, tenho trabalhado bastante. Mas a vida do frila é isso: às vezes tem demais, às vezes tem de menos. Não tenho patrão e posso fazer meu horário. E isso significa que vou trabalhar sábados, domingos, feriados... quaisquer dias que eu tiver folga dos afazeres da faculdade. Falando em faculdade... sei que grande parte da minha irritação vem dela. Minha segunda graduação e, se Deus quiser, a última (RECEBA!). Quatro anos de faculdade, quatro anos sem férias. No máximo, uma ida ao shopping umas três vezes por ano, onde eu gasto em um dia o que demorei meses trabal

Até a Próxima Vez | Um romance que pode ir muito além

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Um filme tem vários poderes; dentre eles, está o de nos levar a conhecer visualmente belíssimos lugares. Assim como eu adorei a fotografia de "Por Lugares Incríveis", que mostrava realmente os lugares incríveis de Indiana (EUA), "Até a próxima vez" e sua fotografia me fizeram me apaixonar por Cusco, Peru. A premissa desse filme me lembrou muito, mas muito mesmo, o filme "Voando para Casa", que a sinopse poderia até ser a mesma: um empresário sai da cidade grande e vai para uma de interior para adquirir terras para sua empresa construir um novo empreendimento, e lá ele conhece uma garota local por quem se apaixona. Em "Até a próxima vez", o homem é Salvador Campodónico, e a mulher é Ariana. Ele é workaholic e vive uma vida toda cronometrada; ela é mochileira e curte a natureza.  O primeiro e o terceiro atos do filme são bons e fluem bem, mas foi no desenvolvimento (segundo ato) que o filme me ganhou mesmo. É aqui que Salvador e Ariana vão fazer um

O dia que eu cantei Jason Mraz para um bebê dormir

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  Quem me conhece um pouco mais profundamente – e não são muitas pessoas – sabe que eu adoro crianças. Nunca escondi a vontade e o sonho da paternidade. Ela ainda não veio, mas fé no Pai que eu tenho uns trinta anos de fertilidade pela frente. Vai que né... Esses dias, ouvindo “A Beautiful Mess”, do Jason Mraz, lembrei de quando eu cantei essa música específica para um bebê dormir. Ele tinha seus um ano e meio, mais ou menos, e era filho de uma garota com quem eu estava me relacionando à época. Fizemos uma amizade legal. O carinha era gente boa pra caramba. Certa noite de domingo, a gente estava no sofá, e ele estava já sonolento, mas dando trabalho para dormir (crianças!). A mãe dele saiu da sala por um momento, e eu fiquei lá com ele, deitadinho no meu colo, me olhando nos olhos enquanto lutava contra o sono. Foi então que eu peguei o celular e coloquei a música já citada do Jason Mraz, e comecei a cantar junto, bem baixinho: “You’ve got the best of both worlds / you’re the kin

Audible: não por acaso, indicado ao Oscar

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  Ontem (08 de fevereiro de 2022) saiu a lista dos indicados ao Oscar 2022. Obviamente que as produções que mais chamam a atenção são aquelas indicadas aos principais prêmios, como Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Diretor(a). Mas lá no finzinho da lista, onde quase ninguém chega, podemos ver os indicados que concorrem ao prêmio de melhor documentário em curta-metragem. E é lá que encontramos Audible. Dirigido e roteirizado por Matthew Ogens, o documentário de 38 minutos disponível na Netflix nos apresenta a Amaree McKenstry-Hall, um jovem surdo com uma história de vida bem difícil e que encontra no futebol americano, juntamente com seus colegas de time da escola Maryland para atletas surdos, uma válvula de escape e um caminho. Amaree é o personagem principal do documentário, e descobrimos que ele foi abandonado pelo pai quando este soube que o filho havia contraído meningite e ficado surdo, por volta dos 2 anos de idade. Isso fez com que ele crescesse sem uma figura

O Sonho

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Já faz tanto tempo. Tantos anos se passaram desde que sentei pela última vez na frente do computador para escrever. Exatamente o mesmo tempo que se passou desde que eu e ela terminamos nosso namoro. Na verdade, eu terminei. Talvez seja por isso que eu não tenha me perdoado até hoje; talvez por isso eu nunca a tenha esquecido; talvez seja por que ela foi a minha primeira namorada, meu primeiro amor... Ou então essa é uma das peças que a vida nos prega.             O fato de eu nunca tê-la esquecido sempre dói em mim, principalmente pelo fato de eu não ser para ela o que ela é para mim. Sim, ainda nos falamos. A mágoa já passou há muito tempo, mas o sentimento dela por mim se reduziu a apenas uma longínqua amizade daquelas muito mais de nome do que amizade de fato. Ela já teve o quê? Três, quatro, cinco caras depois de mim? Enquanto eu tive duas garotas depois dela, mas com uma diferença: eu não faço parte dos pensamentos dela, enquanto ela vira e mexe está nos meus, inclusive, às veze